
A vitrine da culinária amazônica
Criado em 2000 pelo chef Paulo Martins, o Festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense consolidou-se como um dos maiores encontros gastronômicos do Brasil e uma verdadeira vitrine da culinária amazônica para o mundo. Mais que um evento, o festival é um intercâmbio cultural que reúne pessoas, integra chefs a boieiras do Mercado Ver-o-Peso, saberes e sabores com base na riqueza dos ingredientes da região Norte.
Como é o Festival?
Encerrado oficialmente em 2020, com última edição realizada em 2018, o festival retorna em sua 15ª edição em setembro deste ano agregando novo formato.
Visionário e apaixonado pelo Pará, Paulo Martins entendia que o mundo precisava conhecer os ingredientes amazônicos. Por muitos anos ele fez o movimento de levar isopores pelo Brasil e pelo mundo com os sabores amazônicos, mas ao frequentar festivais no Nordeste e no eixo Sul-Sudeste, começou a pensar em realizar um no Norte também.
Um chef, amigo de Paulo, Danio Braga, falou que estava na hora de levar um festival pra Belém, e Paulo, que já estava com essa ideia, neste momento sacramentou o desejo.
O grande diferencial do Ver-o-Peso da Cozinha Paraense é a integração entre o conhecimento das boieiras que atuam no Mercado Ver-o-Peso e dos chefs que vem de todo o Brasil. Um dia, o chef Paulo Martins foi ao Ver-o-Peso, pediu um peixe frito para a dona Osvaldina e ao terminar, virou para ela e perguntou se ela não queria participar de um festival gastronômico. Ela topou.
As cozinheiras que participaram desde as primeiras edições dizem que o festival abriu portas para que o trabalho delas fosse reconhecido.
O nome “boieiras” foi popularizado por Paulo Martins por entender que o que elas fazem é importante para a cultura alimentar paraense, são elas que fazem as boias, a comida do dia a dia.
Ele entendia que o máximo da sofisticação era a comida de rua e as boieiras e suas comidas tinham que brilhar, afinal elas detinham um conhecimento que os chefs não tinham.
Dentro do festival é realizado o Jantar das Boieiras, que é um momento em que elas cozinham e os chefs incrementam o prato criado pelas cozinheiras.
Este ano, o Jantar das Boieiras será realizado em duas sextas-feiras do mês de setembro, dias 05 e 12. Os ingressos para este evento já estão sendo vendidos a R$ 40,00, sendo R$ 20,00 revertido em crédito para consumo no evento.
E nos dias 06, 07, 13 e 14, a novidade é o Grande Festival, que será realizado nos moldes dos principais festivais gastronômicos da atualidade, e será no Shopping Bosque Grão-Pará com a presença de chefs de todo o Brasil.
Os desafios de um grande Festival
O primeiro festival nasceu em 2000 e precisou contar com a ajuda de alguns amigos de Paulo. O chef acreditava no potencial de Belém como centro turístico gastronômico, o que foi abraçado por grandes chefs já na primeira edição, a exemplo de Alex Atala e Danio Braga.
Ao longo das edições, o festival já recebeu nomes consagrados da gastronomia nacional e cada um deles levou um pouco da Amazônia em seus pratos e, ao mesmo tempo, compartilhou conhecimento com cozinheiros, produtores e empreendedores locais.
Atuação Ampliada
Desde 2015, com a criação do Instituto Paulo Martins, o festival ampliou sua atuação. As experiências passaram a se espalhar pela cidade, democratizando o acesso ao evento e impactando ainda mais o cotidiano de Belém. Estima-se que, ao longo de quase duas décadas, o Festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense já tenha alcançado mais de 150 mil pessoas. E, em 2025, com a COP 30 chegando à capital paraense, a expectativa é de alcançar esse número em uma única edição.
Segundo Joanna Martins, diretora do Instituto, o festival se destaca por valorizar o alimento como identidade cultural. Além de movimentar o setor gastronômico, o festival impulsiona o turismo, o comércio e os pequenos negócios da região. Mais do que um evento, o Ver-o-Peso da Cozinha Paraense é um movimento que defende o alimento como memória, como cultura e como futuro.




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